domingo, 17 de julho de 2011

Referências de documentos - casos mais específicos

Caros visitantes!



O blog já possui uma postagem sobre como referenciar seus documentos, mas resolvi adicionar, aqui, algumas especificidades que surgem em alguns documentos e como agir com relação aos mesmos. Colocarei exemplos fictícios para um maior entendimento.


1 - Se o documento não tiver indicação do local de publicação utilizaremos a seguinte simbologia [S.l.] (sine loco), entre colchetes.
Exemplo.
OLIVEIRA, Albanita Lins. A fotografia no ensino-aprendizagem. [S.l.]: Cactus, 2011.




2 - Se o documento não apresentar a editora, utilizaremos [s.n.] (sine nomine), entre colchetes.
Exemplo:
OLIVEIRA, Albanita Lins. A fotografia no ensino-aprendizagem. Natal: [s.n.], 2011.


3 - Se o documento não apresentar nem local nem a editora, utilizaremos [S.l.]: [s.n.].
OLIVEIRA, Albanita Lins. A fotografia no ensino-aptrendizagrm. [S.l.]: [s.n.], 2011.


4 - Se ao consultar o documento você não consegue saber o local, a editora nem uma data certa.Coloque uma data provável. Você que está realizando uma pesquisa conseguirá através do conteúdo do documento e com a ajuda de seu orientador colocar uma data próvável na referência do mesmo.
E ficará assim [S.l.: s.n., 2011?].
Exemplo:
OLIVEIRA, Albanita Lins. A fotografia no ensino-aptrendizagrm. [S.l.: s.n., 2011?].
Observação para esse caso com relação a citação no interior do trabalho.
Lá, você colocará o ano sem essa interrogação da referência. E a citação ficará como as outras: (OLIVEIRA, 2011) ou Segundo Oliveira(2011).Se for citação direta devemos acrescentar as páginas. Já temos postagem sobre citação.


Atenciosamente,

Estrutura formal de um trabalho científico

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.
Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária.

4.2.3 Análise dos dados e a construção do raciocínio demonstrativo

O texto abaixo encontra-se nas páginas 149-150 da obra citada acima.

[...].
Do ponto de vista da estrutura formal, o trabalho tem três partes fundamentais: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. È dentro dessa estrutura que se desenvolverá o  raciocínio demonstrativo do discurso em questão.
A introdução, quando for o caso, levanta o estado de questão, mostrando o que já foi escrito a respeito do tema e assinalando a relevância e o interesse do trabalho. Em todos os casos, manifesta as intenções do autor e os objetivos  do trabalho, enunciando seu tema, seu problema, sua tese e os procedimentos que serão adotados para o desenvolvimento do raciocínio. Encerra-se com uma justificação do plano de trabalho. Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a respeito do teor da problematização do tema do trabalho, assim como a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido. Evitem-se intermináveis retrospectos históricos, a apresentação precipitada dos resultados, os discursos grandiloquentes. Deve ser sintética e versar única e exclusivammente sobre a temática intrínseca do trabalho. Note-se que é a última parte do trabalho a ser escrita.
O desenvolvimento corresponde ao corpo do trabalho e será estruturado conforme as necessidades do plano definitivo da obra. As subdivisões dos tópicos do plano lógico, os itens, seções, capítulos etc.  surgem da exigência da logicidade e da necessidade de clareza e não de um critério puramente espacial. Não basta enumerar simetricamente os vários itens: é preciso que haja subtítulos portadores de sentido. Em trabalhos científicos, todos os títulos de capítulos ou de outros itens devem ser temáticos e expressivos, ou seja, devem dar a ideia exata do conteúdo do setor que intitulam.
A fase de fundamentação lógica do tema deve ser exposta e provada; a reconstrução racional tem por objetivo explicar, discutir e demonstrar(SALOMON, 1973). Explicar é tornar evidente o que está implícito, obscuro ou complexo; é descrever, classificar, definir. Discutir é comparar as várias posições que se entrechocam dialeticamente. Demonstrar é aplicar a argumentação apropriada à natureza do trabalho. É partir de verdades garantidas para novas verdades.
A conclusão é a síntese para a qual caminha o trabalho. será breve e visará recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada até então. Se o trabalho visar resolver uma tese-problema e se, para tal, o autor desenvolver uma ou várias hipóteses, através do raciocínio, a conclusão aparecerá como um balanço do empreendimento. O autor manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o alcance dos mesmos.
Quando o trabalho é essencialmente analítico e comporta uma pesquisa positiva sobre o pensamento de outros autores, esta conclusão pode ser fundamentalmente crítica. Quando, porém, a crítica é mais desenvolvida, entrará no corpo do trabalho como um capítulo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A documentação

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária
O texto abaixo encontra-se nas páginas 146-148 da obra citada acima.

À medida que se procede a leitura e que elementos importantes vão surgindo, faz-se a documentação. Trata-se de tomar nota de todos os elementos que serão utilizados na elaboração do trabalho científico.
Quando se fala aqui de documentação, refere-se à tomada de apontamentos durante a leitura de consulta e pesquisa. Eses apontamentos servem de matéria-prima para o trabalho e funcionam como um primeiro estágio de rascunho. É desaconselhável tomar notas em cadernos, de maneira sequencial, asssim como também não é prático assinalar no próprio texto as passagens importantes que eventualmente serão aproveitadas  através de citações na redação final do trabalho. Essa técnica, se tiver alguma utilidade, só a terá para a leitura analítica.
Os elementos julgados válidos devem ser transcritos nas fichas de documentação.Mas o que exatamente e como se deve transcrever na ficha de documentação? Passa-se para a ficha alguma passagem completa do texto que se lê, caso em que se deve transcrever ao pé da letra, colocando-se tudo entre aspas e citando  a fonte; em outros casos faz-se apenas a síntese das ideias em questão; nesta hipótese, as aspas são dispensadas, mas mantém-se a citação da fonte. Conforme o hábito pessoal, a transcrição nas fichas será feita interrompendo-se a leitura(o que é mais aconselhável) ou, então, primeiramente será feita uma leitura completa do texto pesquisado, assinalando-se levemente as passagens importantes, transcrevendo-as em seguir.
As fichas de documentação contém, além do corpo da citação e referências indicadoras da fonte,  um título  e um subtítulo que permitem identificá-las e classificá-las. Esses títulos, colocados ao alto à direita, são definidos pelas ideias diretrizes do roteiro provisório. Igualmente, quando surge uma ideia nova, um aspecto até então despercebido, lança-se um novo título nas fichas de documentação e o material passa a fazer parte do plano de trabalho.
A técnica da documentação em fichas tem, do ponto de vista didático, no contexto universitário brasileiro, a vantagem de permitir eficiência, no trabalho em equipe, garantindo a participação  complementar de todos os membros do grupo. Com efeito, parte-se de um roteiro comum e os integrantes da equipe pesquisam isoladamente, cada um lendo e documentando textos diferentes. No fim das pesquisas, as fichas de fontes diferentes são agrupadas conforme os temas definidos pelos títulos e subtítulos, faltando apenas a construção posterior do trabalho. As fichas são redistribuída de acordo com os vários momentos do trabalho,  cabendo a cada participante da equipe compor uma parte do trabalho.
Durante a pesquisa, ou em outras circunstâncias da vivência intelectual, o leitor sempre pode ter idéias próprias sobre algum dos tópicos que está discutindo. As fichas de documentação servem também para registrar essas ideias que, se não forem logo gravadas, acabam perdendo-se. Enfim, nesta fase do trabalho, tudo o que interessar ao mesmo deverá ser transposto para as fichas que formarão o acervo do material com o qual se trabalhará na construção formal do novo texto.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pesquisa e prática da documentação

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária
O texto abaixo encontra-se nas páginas 144-146 da obra citada acima.

4.2.2. A atividade de pesquisa e a prática da documentação


Terminado o levantamento das fontes, é chegado o momento de se iniciar o trabalho da pesquisa propriamente dita, o momento de leitura e da coleta de dados.


EXPLORAÇÃO DAS FONTES BIBLIOGRÁFICAS
Antes de começar a explorar suas fontes documentais, o pesquisador deve ter presente a estrutura geral de seu trabalho, anunciada no Projeto. Serão essas ideias que nortearão a leitura e a pesquisa que se iniciam. A  visualização dessas etapas, base para a futura estruturação do trabalho final, é um valioso roteiro para o desenvolvimento da atividade investigativa. Obviamente, este plano é sempre provisório, podendo ser alterado em decorrência do próprio desenvolvimento da pesquisa.
De posse de um roteiro de ideias, parte-se para a análise dos documentos em busca dos elementos que se revelam importantes para o trabalho.
A primeira medida, no entanto, é operar uma triagem em todo o material recolhido durante a elaboração da bibliografia. Nem tudo será necessariamente lido, pois nem tudo interessará devidamente ao tema a ser estudado. Os documentos que se revelarem pouco pertinentes ao tema serão deixados de lado. Para presidir a essa triagem, utilizem-se as resenhas, que permitem avaliar a utilidade do documento em questão. Na falta deles, além da opinião de especialistas, o melhor caminho é tomar contato direto com a obra, lendo seu sumário, o prefácio, a introdução, as "orelhas", assim como algumas passagens do seu texto, até o momento em que se possa ter dela uma opinião.
Uma vez definidos os documentos a serem pesquisados, procede-se à leitura combinando o critério de atualidade com o critério da generalidade para o estabelecimento da ordem de leitura. Inicia-se pelos textos mais recentes, e mais gerais, indo para os mais antigos e mais particulares. As obras recentes geralmente retomam as contribuições significativas do passado, dispensando assim a volta a um texto superados. Observar, contudo, que obras clássicas dificilmente perdem seu valor de atualidade. Já na questão da generalidade, atentar para as condições de quem está fazendo o trabalho, levando em conta o nível em que se encontra, a dificuldade do tema, a familiaridade do autor com o asssunto e com a área em que é tratado. Feitas essas ressalvas, a ordem lógica é partir das obras gerais, enciclopédias, dicionários, tratados etc., chegando as monografias especializadas e aos artigos de revistas, muito importantes devido a sua atualidade.
A essa altura dá-se início à leitura. Note-se, contudo, que já não se trata de uma leitura analítica desses documentos em vista da reconstituição do processo do raciocínio do autor. Mesmo quando a leitura integral do texto se fizer necessária, ela será feita tendo em vista o aproveitamento direto apenas daqueles elementos que sirvam para articular as ideias do novo raciocínio que se desenvolve. Os elementos a serem recolhidos visam reforçar, apoiar e justificar as ideias pessoais formuladas pelo autor do trabalho. Esses elementos retirados das várias fontes dão às várias afirmações do autor, além do material sobre o qual se trabalha, a garantia de maior objetividade fundada no testemunho e na verificação de outros pensadores. 

Portal Domínio Público

Caros amigos!


O Portal Domínio Público surgiu em 2004.Coloca uma biblioteca virtual à disposição de todos de forma livre e gratuita. Nessa biblioteca nós temos amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas(na forma de textos, sons, imagens e vídeos).


Visitem e indiquem essa rica Biblioteca Virtual.


http://www.dominio.publico.gov.br/


Atenciosamente,

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pesquisa científica na internet

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária
O texto abaixo encontra-se nas páginas 140-142 da obra citada acima.
Pesquisa científica na internet
O que se pode pesquisar na internet? Como se trata de uma enorme rede, com um excessivo volume de informações, sobre todos os domínios e assuntos, é preciso saber garimpar, sobretudo dirigindo-se a endereços certos. Mas quando ainda não se dispõe desse endereço, pode-se iniciar o trabalho tentando exatamente localizar os endereços dos sites relacionados ao assunto de interesse. Isso pode ser feito através dos Web Sites de Busca, assim designados programas que ficam vinculados à própria rede e que se encarregam de localizar os sites a partir da indicação de palavras-chave, assuntos, nomes de pessoas, de entidades etc. Entre os mais correntes e poderosos, citam-se


o Google (http://www.google.com.br/),
o Yahoo (http://www.yahoo.com/),
o Alta Vista ( http://www.altavista.com/),
[...]
[...]
De particular interesse para a área acadêmica são os endereços das próprias bibliotecas das grandes universidades, que colocam à disposição, assim, informações de fontes bibliográficas a partir de seus acervos documentais. Cabe assinalar que esses catálogos são encontrados também em CDs que podem ser consultados diretamente pelo usuário seja nos equipamentos de outras bibliotecas, seja em seu equipamento particular, uma vez que tais CDs são comercializados como se fossem livros.
Desse modo, está ocorrendo uma complementaridade entre os acervos informatizados e os acervos tradicionais das bibliotecas.
Também são acessíveis, via Internet, os catálogos das editoras. Por exemplo, o endereço http://www.booknet.com.br/ fornece  informações sobre os lançamentos editoriais, permitindo identificação de fontes bibliográficas.
Traz registro de dissertações e teses, defendidas em todas as áreas de conhecimento, nas diversas unidades da Universidade de São Paulo.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Órgão do Ministério do Planejamento, responsável pelo levantamento, sistematização e divulgação dos indicadores conjunturais relativos aos diversos campos da atividade nacional, mantendo-os atualizados.

Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, criado pela OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde, sistematiza e divulga informação técnico-científica na área da Saúde, incluindo a Biblioteca virtual da área da Saúde e Banco de Dados.

Portal brasileiro que traz bases de dados, bibliotecas virtuais, eventos científicos e portais temáticos nas diversas áreas do conhecimento.

Banco de dados da PUC do Rio de Janeiro. Centro Digital de Referência com base na integração do ambiente de ensino assistido por tecnologia de informação baseada na WEB com o ambiente de biblioteca/arquivo/museu digital, recriando-se a associação de uma instituição de ensino/pesquisa com uma biblioteca.

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Como centro nacional de pesquisa, de intercâmbio científico, de formação, treinamento e aperfeiçoamento de pessoal científico, tem por finalidade contribuir para o avanço da ciência, da tecnologia e da inovação tecnológica do país, por intermédio do desenvolvimento da comunicação e informação nessas áreas.

Igualmente, jornais e revistas, instituições de pesquisas e entidades culturais possuem seus endereços e podem ser acessados para os mesmos fins.
Para copiar os resultados da pesquisa julgados relevantes e que precisam ser guardados para ulterior exploração, basta clicar no comando correspondente. O programa de navegação vai perguntar se quer salvar ou abrir o arquivo. Basta escolher opção "Salvar em disco" e indique a pasta onde ele deve ser arquivado.
O registro bibliográfico das fontes localizadas na rede Internet é feito de acordo com normas específicas de referenciação, conforme indicação nas páginas 194-196.



terça-feira, 5 de julho de 2011

Cronograma - exemplo

Nos projetos, colocamos um cronograma. Resolvi colocar, aqui, um exemplo de um cronograma. Para que as pessoas que estejam envolvidas com a elaboração de projetos tenham uma idéia da estrutura de um cronograma.

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO



ATIVIDADES
1999

SETEMBRO

OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
DIAGNÓSTICO
X



ELABORAÇÃO DO PROJETO


X

X

X



CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO




ATIVIDADES
2000

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ


EXECUÇÃO
DO
PROJETO



X


X


X


X


X


X


X


X


X


X


X


X


Atenciosamente,
Albanita Lins de Oliveira

Trabalho científico

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária

4.2.1 Levantamento das fontes e documentos

O trabalho de pesquisa deverá dar conta dos elementos necessários para o desenvolvimento do raciocínio demonstrativo, recorrendo assim a um volume de fontes suficiente para cumprir essa tarefa, seja ela relacionada com o levantamento de dados empíricos, com ideias presentes nos textos ou com intuições e raciocínios do próprio pesquisador. No caso da pesquisa bibliográfica, além do critério de tempo disponível, da natureza e objetivos do próprio trabalho, do estágio científico do pesquisador, deve-se adotar um critério formal, cruzando duas perspectivas: partir sempre do mais geral para o mais particular e do mais recente para o mais antigo, ressalvando-se, obviamente, o caso dos documentos que possam interessar ao tema que se pesquisa.

Observação: texto retirado na íntegra da obra citada acima. (SEVERINO,2007, p.133-134).

Trabalho científico

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária
Texto na íntegra:
4.2 Desenvolvendo o processo de investigação
Distinguem-se três fases no amadurecimento de um trabalho: há o momento da invenção, da intuição, da descoberta, da formulação de hípóteses, fase eminentemente lógica em que o pensamento é provocador, o espírito é atuante; logo após parte-se para a pesquisa positiva, seja experimental, seja de campo ou bibliográfica. Nesta etapa, o espírito é posto diante dos fatos, de outras ideias; há a oportunidade de cotejar as primeiras intuições com as intuições alheias ou com os fatos objetivos. Do confronto nasce uma posição amadurecida. Abandonam-se algumas ideias, acrescentam-se novas, reformulam-se outras. Isto quer dizer que a primeira formulação não é necessariamente definitiva: inicialmente, do ponto de vista lógico, será tão somente provisória. Já na terceira etapa, ou seja, no omento em que, amadurecida uma posição, se parte para a composição do trabalho, então é preciso estar de posse de uma formulação definitiva, que poderá confirmar a primeira ou  modificá-la.
Nas presentes diretrizes, estas fases não estão sendo consideradas distintamente, uma vez que são concomitantes nas várias etapas do trabalho científico, considerado de um ponto de vista da técnica de sua elaboração.
Observação: texto retirado na íntegra da obra citada acima (SEVERINO, 2007, p.133).

domingo, 3 de julho de 2011

Projeto de pesquisa - continuação

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária
Texto da página 132 intitulado observações.Vamos ao texto na íntegra.
Observações:

1. O projeto, em seus vários pontos, pode ser alterado no decorrer da pesquisa. Isto é normal e até positivo, uma vez que revela eventuais descobertas de dados novos e aprofundamentos das ideias do autor.

2. Também os itens deste roteiro podem ser reduzidos, ampliados ou estruturados em outra ordem, de acordo com a natureza da pesquisa a ser desenvolvida. A estruturação é flexivel e seus elementos devem ser distribuídos de conformidade com as exigências lógicas da própria pesquisa.

3. Por outro lado, projeto de pesquisa não deve ser confundido com plano de trabalho(em postagem futura veremos o que o autor que estamos estudando diz sobre Plano de Trabalho).
Apesar do caráter de provisoriedade de ambos, neste último caso trata-se da própria estrutura lógica da monografia, dividindo esquematicamente, como um sumário, os vários momentos do discurso, do ponto de vista de seu conteúdo.

4. Resta lembrar ainda a distinção entre o projeto e o próprio trabalho - dissertação ou tese. No projeto, o pesquisador deve ter muito claro o caminho a ser percorrido, as etapas a serem vencidas, os instrumentos e as estratégias a serem utilizadas. É para isto que, em última análise, ele é feito; esta é a sua finalidade intrínseca. Mas não é o projeto que vai ser publicado e sim a dissertação ou a tese. E aí o que está em jogo é o resultado do trabalho desenvolvido de acordo com o projeto. Distinguem-se, pois, um do outro, plano de pesquisa e plano de exposição. Assim, nem sempre é necessário escrever um capítulo para explicar qual é o quadro teórico: o importante é basear-se nesse quadro teórico de maneira coerente. O leitor dar-se-á conta em qual quadro teórico o autor se apoiou.

Frisando: material na íntegra da obra citada acima.

Atenciosamente,

Projeto de pesquisa - continuação.

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária

4.1.1 A estrutura do projeto enquanto texto

Amadurecidos os pontos, pode-se explicitá-los por escrito, compondo o Projeto, com a seguinte estrutura:

1. Título: ainda que provisório, atribui-se um título ao Projeto, o mesmo que se prevê dar ao trabalho final que relatará os resultados da pesquisa. O título deve expressar, o mais fielmente possível, o conteúdo temático do trabalho. Poderá, eventualmente, ser metafórico, mas, nesses casos, dever-se-á acrescentar um subtítulo tematicamente expressivo.

2. Apresentação: inicia-se o Projeto com uma apresentação onde se exporá sinteticamente como se chegou ao tema de investigação, qual foi a gênese do problema, as circunstâncias que interferiram nesse processo, por que se fez tal opção, se houve antecedentes. esta é a parte mais pessoal da exposição do projeto, único momento em que o pesquisador pode referir-se a motivos de ordem pessoal.

3. Objeto e problema da pesquisa: retomando o que  já foi anunciado na Apresentação, procura-se, em seguida, com uma exposição mais objetiva e técnica, colocar o problema, ou seja, como o tema está problematizado e, consequentemente, por que ele precisa ainda ser pesquisado. Trata-se, portanto, de delimitar, circunscrever o tema-problema. O tema deve ser problematizado e é preciso ter uma idéia muito clara do problema a ser resolvido.

4. Justificativa: neste tópico do Projeto, cabe adiantar a contribuição que se espera dar com os resultados da pesquisa, justificando-se assim a relevância e a oportunidade de sua realização, mediante o desenvolvimento do projeto. Este é o momento de se referir então aos estudos anteriores já feitos sobre o tema para assinalar suas eventuais limitações e destacar assim a necessidade de se continuar a pesquisá-lo e as contribuições que o seu trabalho dará, justificando-o desta maneira. É o que denomina a revisão de literatura, processo necessário para que se possa avaliar o que já se produziu sobre o assunto em pauta, situando-se, a partir daí, a contribuição que a pesquisa projetada pode dar ao conhecimento do objeto a ser pesquisado.

5. Hipóteses e objetivos: em seguida, o projeto deve explicitar a(s) hipótese(s) avançadas para a solução do problema. Lembre-se de que todo trabalho científico constitui um raciocínio demonstrativo de alguma hipótese, pois é essa demonstração que soluciona o problema pesquisado. À hipótese se vinculam os objetivos, ou seja, os resultados que precisam ser alcançados para que se construa toda a demonstração. Aqui está se referindo aos objetivos intrínsecos da pesquisa, pertinentes ao tema e vinculados ao desenvolvimento do raciocínio. Objetivos extrínsecos, obviamente, só cabem na Apresentação.

6. Quadro teórico: cabe, nesta altura, expor os referenciais teórico-metodológicos, ou seja, os instrumentos lógico-categoriais nos quais se apoia para conduzir o trabalho investigativo e o raciocínio. Trata-se de esclarecer as várias categorias que serão utilizadas para dar conta dos fenômenos a serem abordados e explicados. Muitas vezes essas categorias integram algum paradigma teórico específico, de modo esplícito. Outras vezes, trata-se de definir bem as categorias explicativas de que se precisa para analisar os fenômenos que são objeto de pesquisa.

7. Fontes, procedimentos e etapas: nesta etapa, devem ser anunciadas as fontes (empíricas, documentais, bibliográficas) com que o pesquisador conta para a realização da pesquisa e os procedimentos metodológicos e técnicos que usará, deixando bem claro como é que vai proceder. À vista dos objetivos perseguidos, da natureza do objeto pesquisado e dos procedimentos possíveis, indique as etapas de seu processo de investigação, tendo bem presente que os resultados de cada uma destas etapas é que constituirão as partes do relatório final do trabalho, ou seja, os seus capítulos.

8. Cronograma: o pesquisador deve indicar no seu projeto as várias etapas, distribuindo-as no tempo disponível para as atividades previstas pela pesquisa, incluindo a redação final. não confundir os passos cronológicos com as etapas de investigação, de que se falou no item anterior.

9. Bibliografia: assinale, sempre de acordo com as normas técnicas pertinentes, os títulos básicos a serem utilizados no desenvolvimento da pesquisa, discriminando, se for o caso, as fontes, os textos de referência teórica, os documentos legais etc. Ter bem claro que esta bibliografia poderá se ampliar ao final da pesquisa, já que novos documentos poderão ser identificados em decorrência e no desenvolvimento do processo de investigação.

Observação: texto retirado na íntegra da obra citada acima.

Atenciosamente,

Projeto de pesquisa

SEVERINO, Antônio Joaquim.Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

Capítulo IV - A pesquisa na dinâmica da vida universitária

4.1 Elaborando o projeto de pesquisa

Antes de ser realizado, um trabalho de pesquisa precisa ser planejado. O Projeto é o registro deste planejamento. Para elaborar o projeto, o pesquisador precisa ter bem claro o seu objeto de pesquisa, como ele se coloca, como ele está problematizado, quais as hipóteses que está levantando para resolver o problema, com que elementos teóricos  pode contar, de quais recursos instrumentais dispõe para levar adiante a pesquisa e quais etapas pretende percorrer. Ora, para chegar a todos esses elementos, o pesquisador precisa vivenciar uma experiência  problematizadora. Além dos subsídios que estará recebendo do acúmulo de suas intuições pessoais, ele poderá colher elementos de suas leituras, dos cursos, dos debates, enfim, de todas as contribuições do contexto acadêmico, profissional e cultural em que vive.
O projeto de pesquisa, como planejamento das atividades a serem desenvolvidas, possibilitará ao pesquisador impor-se uma disciplina de trabalho não só a respeito da ordem dos procedimentos lógicos e metodológicos mas também em termos de organização e distribuição do tempo. Constitui assim um eficaz roteiro de trabalho.

Observação: retirado na íntegra da obra citada.